A ATIVIDADE ERVATEIRA NO PLANALTO NORTE CATARINENSE E AÇÕES PARA A (RE)VALORIZAÇÃO DO PRODUTO ERVA-MATE

A ATIVIDADE ERVATEIRA NO PLANALTO NORTE CATARINENSE E AÇÕES PARA A (RE)VALORIZAÇÃO DO PRODUTO ERVA-MATE

A erva-mate em Santa Catarina ocorre principalmente no planalto, desde Campo Alegre, no Planalto Norte Catarinense, até o Extremo Oeste, no município de Dionísio Cerqueira, fronteira com Missiones, na República Argentina. As formações naturais se concentram ao norte do Estado (Planalto Norte).

Dentre várias peculiaridades da erva-mate, destaca-se a adaptação tanto a pleno sol quanto ao sombreamento, podendo seu sistema de produção e exploração ser em monocultura (lavoura pleno sol), sistemas agroflorestaisou em sombra de sub-bosque. De modo geral, a exploração dos ervais se dá em várias paisagens, sendo os predominantes, nativos, nativos adensados e/ou solteiros (monoculturais).

A erva-mate produzida e transformada na região do Planalto Norte Catarinense é um produto com histórico diferenciado (notoriedade) e que pode ser facilmente reconhecido pelos mercados consumidores. O território tem sua história ligada à atividade ervateira, tendo a exploração dos ervais nativos e os processos de produção regionais como elementos centrais na manutenção da notoriedade e reputação em produzir erva-mate diferenciada e de qualidade. A diferenciação da erva-mate está intimamente ligada aos processos de produção a partir dos ervais nativos presentes nessas regiões (caívas e remanescentes florestais) e que compõe as matas de araucárias (Floresta Ombrófila Mista) em que há a extração de produtos florestais (especialmente erva-mate, pinhão e lenha).

A maioria da erva-mate processada na região é oriunda da extração de folhas em formações e remanescentes florestais da Floresta Ombrófila Mista, caracterizando-se como uma atividade econômica ligada à utilização sustentável da mata nativa. Portanto, articular os territórios rurais em torno da coordenação de atividades voltadas para (re) valorização de produtos ou serviços que reconheçam os meios tradicionais de produção, as características únicas regionais e a qualidade dos produtos e serviços de uma determinada porção dos territórios significa promover o desenvolvimento territorial e a agregação de valor ao produto regional/tradicional.

 

O trabalho no desenvolvimento de ações para (re)valorização do produto regional através de selos distintivos como a Indicação Geográfica, a produção orgânica ou outro selo com apelo sócio-ambiental (conservação das florestas, produzidos pela agricultura familiar, etc) apresenta grande importância no desenvolvimento socioeconômico e ambiental do território, revitalizando e mantendo a história passada viva, reforçando que é uma atividade comercial que ocorre há mais de 150 anos na região,  tendo mais de 20 empresas com marcas próprias (a mais antiga datada do ano de 1918 (ervateira Seleme) e dentre estas, as Cooperativas de Mate de Canoinhas e de Campo Alegre, datadas de 1932 e 1938, respectivamente) que produzem diversos tipos de produtos (de chimarrão a chás verdes e tostados) para consumo interno e para exportação eque a produção, em quase sua totalidade, é oriunda de “ervais nativos”.

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