Estudo quer ampliar uso de erva-mate para cosméticos e energéticos
Descoberta pode interessar a novos segmentos de mercado, diz Embrapa.
Pesquisa pretende desenvolver plantas com teores diferenciados de cafeína.
Adriana Justi
Do G1 PR
Uma pesquisa da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) pretende abrir caminhos para ampliar o uso da erva-mate em outros produtos como cosméticos,
energéticos e detergentes. Desde então, a planta, que é típica do Sul do Brasil, estava associada tradicionalmente ao chimarrão e chás.
A descoberta consiste no desenvolvimento de plantas com teores diferenciados de cafeína e outros componentes que podem interessar a novos
segmentos de mercado, além do aumento do valor agregado do produto.
Somente na região do Paraná, Santa Catarina, Rio Grande do Sul e Mato Grosso do Sul são cerca de 180 mil agricultores que vivem do plantio da erva-mate .
Aproximadamente, 80% da produção brasileira da planta
destina-se ao mercado interno. Desse total, 96% são para o consumo de chimarrão, e 4% na forma de chás e outros usos.
A pesquisa propõe uma identificação de árvores-matrizes com boa produtividade e características de interesse como, por exemplo, o teor de cafeína. Depois
disso, as plantas
são clonadas através de uma técnica conhecida como miniestaquia. Na sequência, as mudas passam a ser cultivadas em viveiros ou canteiros.
"Plantas com índices de cafeína acima de 2% já são consideradas com alto teor da substância e, em nossas pesquisas, encontramos plantas que apresentam
naturalmente índices de até 3%", explica a pesquisadora Cristiane Helm.
O estudo apontou ainda que 60% da característica genética da erva-mate está associada ao alto teor de cafeína. De acordo com Ivar Wendling, que também é
pesquisador da Embrapa, com algumas ações de manejo e cultivo diferenciado,
é possível obter plantas com mais de 5% de cafeína.
Cristiane Helm destaca ainda que a erva-mate pode seguir o mesmo caminho do café, que atualmente é encontrado com diferentes teores de cafeína ou até mesmo
descafeinado.
Além da cafeína, que pertence ao grupo das metilxantinas, encontradas em diversas plantas e que são uma das responsáveis pelo sabor amargo e pelo efeito
psicoativo, também tem destaque na erva-mate a teobromina, ainda de acordo com a Embrapa. Além disso, compostos fenólicos, como os flavonóides, também fazem parte da pesquisa.
30/03/2016 11h18 - Atualizado em 30/03/2016 11h38
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